quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Da série "curtas": Saúde (não) é o que interessa

Hoje eu tive um minuto de reflexão. Voltando a pé do supermercado, cruzei com algumas pessoas caminhando na praça em frente de casa, se exercitando, cuidando da saúde. Essa visão me fez abraçar com mais força, a caixa de cerveja que eu trazia comigo. #vocesestaofazendoissoerrado

sábado, 17 de dezembro de 2011

Puliça

Estava eu agora pouco comprando um açaí, quando um policial militar chegou no balcão e começou a puxar papo comigo, outro cliente e a mocinha do caixa. Aparentemente, esperando o melhor momento para flertar com ela.

Até aí, tudo bem. Válido. 

Num dado momento, o PM falou assim: “-Não é assim que as coisas funciona, nem o tenente tem esse poder. Pra mim ser mandado embora, só o governador do estado que pode fazê isso”.

Eu senti. Sim, doeu. Aquele Brexter, o assassino em série da língua portuguesa mexeu comigo. Nessa hora, me baixou um espírito “ruivo” (essa nem todo mundo vai entender) e por impulso eu dei uma de Google e disse: “-Você quis dizer para EU ser mandado embora né?”

Foi quando ele olhou pra mim, sorriu e respondeu: “- Ah, você também é da polícia?”

Dei boa noite, peguei meu açaí e fui embora.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Eu não devia assistir Fringe

Você sabe o que é Fringe? Fringe é uma série de TV muito legal, dos mesmos criadores de LOST. Ela conta basicamente sobre a história de uma divisão especial do FBI que investiga casos, a princípio, “inexplicáveis”. As tramas são bem elaboradas, muitas teorias malucas, cérebros dessecados, amores ocultos e, sobretudo, ações mirabolantes da polícia, tiros, perseguições e aventuras. Bem legal.

Ok, agora é a parte que vocês se perguntam. Tá bom, Bruno, mas por que você não devia assistir Fringe?

A-há, boa pergunta! Vamos lá...

Muitos de vocês sabem que eu trabalho desenvolvendo sites e sistemas para internet e que me especializei em portais de notícias para jornais e, especialmente, cuido de todos os veículos on-line de um grupo de comunicação grande de Minas Gerais. Anyway. Sites grandes são muito acessados e, junto com os internautas, chegam também os inúteis #fdp dos hackers. Lutar contra invasões, alterar códigos, mudar esquemas de segurança é uma luta diária nessa área.

Bem, eis que alguns meses atrás, recebi um e-mail de um aprendiz de hacker, dizendo que eu deveria tirar um dos sites do ar até uma determinada data para corrigir as vulnerabilidades que lá existiam e ainda deveria colocar uma aviso agradecendo-o por me ajudar, ou ele mesmo faria isso. É claro que cercamos as possibilidades, eu não tirei o site do ar e ele não foi invadido. Mas esse rapaz cometeu um erro grave: ele me mandou um e-mail. Vou dar uma dica pra vocês agora. E-mails são “rastreáveis”. Nunca ameace alguém enviando uma mensagem por um “hotmail” criado “só pra isso”... porque dá pra chegar em você.

E foi aí que tudo começou...

Rastreamos o IP, que levou a outro reverso, e a outro e chegamos no provedor de origem. Ligações telefônicas. Passwords. Conversas gravadas. E eu me sentindo... no Fringe.

Trâmites legais feitos. Queixa na delegacia de polícia especializada. Documentação necessária. Cópia do rastro deixado. E eu me sentindo... no Fringe.

O encarregado do caso me liga e diz: - “Estamos com o mandado de busca e apreensão e vamos agora visitar a casa do suspeito. Quer vir?” CLARO que eu quero, eu TÔ no Fringe!

Saímos na viatura oficial. No início fiquei meio frustrado porque eu não ganhei nem arma nem colete à prova de balas, mas tudo bem, seguimos. Três carros pretos, sirenes ligadas e minha adrenalina subindo.

Segunda frustração. Eu achei que eles iriam chegar derrapando na frente da casa do delinquente, mas estacionaram correta e silenciosamente no quarteirão anterior. Pensei: - Deve ser parte do plano.

- “Número 48. É aqui”. Disse o encarregado.

Andamos até a porta. Meu coração batendo a mil por hora. Nessa hora ele parou por um segundo, virou para mim e disse: - “Bruno, eu sei que você está emocionalmente ligado ao caso, então vou pedir que você não fale nada, ok? Conto com a sua cooperação”. Eu apenas acenei com a cabeça.

Mas no momento em que o agente da polícia levantou o braço para bater, eu não me aguentei. Enfiei o pé na porta e saí gritando:

- “Efeeeeee Beeee Aaaaaaiiii! Todo mundo parado aeeeeeee!!!

Eu disse que não devia assistir Fringe! #olhaamerda

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Corrida maluca!

Essa história, conta a "corrida maluca" que tivemos para pegar (ou não) um voo de Amsterdam para Londres. Aqui, além da situação em si que foi hilária e de "tirar o fôlego", uma curiosidade interessante é que fui publicando e narrando os fatos pelo Facebook por partes, e a galera no Brasil, ia ficando maluca e curiosa com o "e ai, o que aconteceu?", e algumas vezes, o intervalo entre uma publicação e outra, levou horas...

A história foi mais ou menos assim...

Quem estava: Eu, Renata, Ricardo e D. Glenisi.

4 de outubro de 2011...

15h14 - Chegamos a Londres! Ainda nem saquei a máquina aqui, já que a viagem em si foi uma aventura a parte. Imagina você pegar um trem para o aeroporto, chegar lá 2 horas antes como diz no papel da companhia aérea, mas quando o trem pára, você espera no corredor outras pessoas na sua frente (que tem dificuldade de carregar a mala demasiadamente grande pelos corredores estreitos do trem), e por conta desses segundos a mais, você vê a porta do trem fechar e simplesmente.... partir. Somente o Ricardo tinha desembarcado. Quem quer tentar adivinhar como essa história terminou?

20h16 - Continuando... seguimos no trem sem saber muito o que fazer, pois não tínhamos sequer noção de para onde ele estava indo nem quanto tempo demoraria ate a próxima estação. Foi quando reparamos um pequeno mapa na parede do trem que sinalizava que a próxima parada seria em Haia, já quase em Rotterdam. Decidimos então descer lá e pegar outro trem de volta ao aeroporto. O único problema eh que nossas passagens já tinham perdido a validade e tínhamos que decidir: ou perderíamos preciosos minutos comprando novas passagens ou arriscaríamos voltar sem tickets e se fôssemos pegos, perderíamos ainda mais tempo explicando em um inglês não tão convencional, tudo o que tinha acontecido... Arriscamos!

21h20 - Sim, demos sorte... Ninguém nos pediu bilhetes novos e chegamos ao aeroporto 1h20 antes do embarque... e foi aí que começou a primeira maratona brasileira dos 2 mil metros com barreira no aeroporto de Amsterdam! Só de curiosidade, procurem no Google Maps e olhem o tamanho do aeroporto de lá... É gigante! Depois de percorrer, correr, esbarrar (e por aí vai) uma distância não menor que uns 700 metros, encontramos o check-in da companhia aérea... Mas era o errado! Corremos pro outro lado e quando minhas pernas pareciam não mais aguentar e eu estava realmente disposto a desistir, vimos o Ricardo (lembram dele? O único que tinha saído do trem?) na "portinha" da fila do check-in, sem saber se embarcava e ia sozinho pra Londres ou se esperava e participava dessa verdadeira "corrida maluca". Fizemos então o check-in do voo e entre olhares de desaprovação da tripulação pelo nosso atraso despachamos nossa bagagem. Final feliz? Vocês que pensam... Foi nesse momento, que a verdadeira corrida começou...

22h28 - Iniciamos então novamente a corrida, dessa vez com menos peso (apenas a bagagem de mão que com câmera, guias e eletrônicos, deve chegar a mais ou menos dois quilos). Eu e D. Glenise nos perdemos do Ricardo e da Renata, já que os dois "fofos" passaram na aduana com o passaporte europeu, enquanto tivemos que ficar na fila do "resto do mundo". Pelo meu bilhete, faltavam apenas dois minutos para encerrar o embarque. Pensei: nos encontramos no avião (ou em Londres), e corri como nunca, seguindo as placas para a plataforma D que indicava no meu bilhete, até que as placas se dividiram. Da D1 até a D23 era do lado esquerdo... da D24 até a D48, pro lado direito e meu bilhete não informava nenhum número! Vocês estão tendo noção do tamanho desse aeroporto? Só a plataforma D tinham 48 pontos de embarques diferentes e eu vi placas de pelo menos até a letra H! Enfim, parei para pedir informação e procurar meu voo dentre centenas de outros nos painéis eletrônicos para saber o número correto da plataforma. Nessa hora, faltavam cerca de 40 segundos para encerrar o embarque...

22h46 - D14, era essa a plataforma de embarque do voo 8112 das 10h20am com destino a Londres. Voltamos a correr e numa daquelas curvas cinematográficas que daria até pra fazer uma bela tomada em câmera lenta onde o personagem principal dá quatro ou cinco passos para o lado quase trombando com o funcionário do aeroporto que carregava trinta e sete carrinhos de bagagens enfileirados, foi quando fui ultrapassado nessa corrida pela primeira vez! Era a Renata e o Ricardo, a zilhão por hora, que vieram sabe se lá de onde. Um deles, quando olhei de relance, ainda pulou uma pequena garotinha que brincava tranqüilamente com sua boneca de pano. Dobramos a esquerda e avistamos um corredor enorme e a ultima plataforma, antes da próxima curva, era a nossa... a D14... Ainda faltavam 12 segundos...

23h05 - Mesmo exausto e com bolhas nos dois pés (essa parte eu nem tinha contado) não me dei por vencido. Apertei a perna e ultrapassei novamente Ricardo e Renata que diminuíram um pouco o ritmo. Demorei cerca de 30 segundos para chegar lá, sabia que meu tempo tinha se esgotado, mas eu não estava disposto a morrer na praia depois de nadar tanto. O guichê do raio-x já não tinha mais passageiros, mas dois funcionários ainda estavam lá. Um deles pediu para eu colocar além da mochila na esteira, também meu passaporte. Olhei pra trás e os outros também já estavam chegando. Tranqüilizei-me por um momento. Quando fui passar no detector de metais, o trem começou a apitar mais que vuvuzela na copa da África do Sul. E eu pensei, "puta merda, logo agora?"... Mas eu não tinha mais nada nos bolsos e olhei com cara de desespero pra um holandês de quase dois metros de altura que me chamou para a revista...

23h20 - Enquanto eu estava desconfortavelmente sendo revistado, o cara do raio-x, ao olhar o meu passaporte gritou: "é brasileiro"! E foi ai que tudo mudou. O camarada parou de me revistar e disse num português arranhado: "Brasil, eu morou em Brasil, em Rio de Janeiro". Eu confesso que eu fiquei aliviado por dois motivos: o primeiro porque ele parou de me revistar e o segundo que é bom você ver que um funcionário da empresa que poderá te ajudar a parar o avião se for preciso, gosta do seu País e simpatiza com seu povo! Foi quando eu resolvi fazer uma pergunta simples pra ele que mudou o meu dia: "Você acha que da tempo de pegarmos esse voo?" E com um largo sorriso na cara ele me respondeu: "Para Londres as 10h20? Claro! Não se preocupa não que ele está atrasado!" #PUTAQUEOPARIU

Funicular

Barcelona, 20 de outubro de 2011. Eu e o Ricardo (meu cunhado) saímos com a intenção de explorar mais essa bela cidade a pé. E depois de conhecermos a obra da vida de Galdi - a Sagrada Família - resolvemos subir ao "Tibidabo", que segundo nos disseram, é o lugar onde tem a melhor vista de Barcelona junto a um parque de diversões em funcionamento desde 1901.

Para chegar até o mirante, precisaríamos pegar uma espécie de bonde bem íngreme que na Europa é conhecido como "Funicular". Ele é meio que uma mistura de elevador com bonde sobre trilhos.

Num dado momento, eu e o Ricardo meio que nos perdemos, e precisamos parar pra pedir informação, de onde exatamente iríamos pegar esse bondinho. 

Aí, como de costume, eu fui primeiro construir a frase na minha cabeça antes de falar, e era mais ou menos assim: "olla señor, me gostaria tomar uno funicular"... 

Bem, quando eu percebi o quão essa frase "soava estranho", eu virei pro Ricardo e disse: "-Ow, fala aí você que seu espanhol é melhor que o meu"!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Madame Tussauds

Bem pessoal, como eu prometi anteriormente, tem uma historinha que vivenciamos no maior museu de bonecos de cera do mundo que merece ser compartilhada.

Pelo tamanho da fila que enfrentamos para entrar no museu (mediana), eu imaginei que seria dificílimo tirar as fotinhos lá dentro com os "famosos". Pra minha surpresa, eu estava enganado. Com excessão de algumas celebridades como Barack Obama e Jack Sparrow, que era preciso entrar em uma pequena fila sempre com não mais que 10 pessoas na frente, para todos os outros, você ficava ao lado e não esperava mais que 30 ou 40 segundos.

O que acontece, é que muitos bonecos são realmente perfeitos e depois da terceira ou quarta sala, você começa a ter mais dificuldade de distinguir quem é de cera, e quem não é. E foi por conta disso, que três situações no mínimo hilárias surgiram:

1. Quem: Ricardo / O que: Ops, sorry!
Como nosso tempo não era dos mais longos, a estratégia do Ricardo foi tirar o maior número de fotos possível, mesmo sem conhecer o personagem, já que depois, bastava uma pequena busca pelo google para sanar esse detalhe. Foi quando de repente eu o vi passando a mão em volta do ombro de uma mocinha loira que estava apoiada em uma das pernas, com as mãos na cintura, bem quietinha! No momento que ele falou comigo "ei Bruno, tira dessa aqui" e encostou a mão no ombro dela, a guria deu um pulo pro lado e o Ricardo, assustado, pulou pro outro! A garota deve ter xingado ele em russo, holandês, dinamaques ou seja lá que diabo de língua era aquela e ele, com a cara mudando de cor igual camaleão indeciso, apenas respondeu: Ops, sorry!

2. Quem: Renata / O que: barraca de doces
Tudo lá dentro é muito colorido, muita gente andando, rindo, conversando e flashes para todos os lados. Além dos bonecos propriamente ditos, existe também a preocupação com os cenários. Por exemplo: na área de esportes, onde nosso Rei Pelé se encontra (e o Maradona não, diga-se de passagem), muitas bolas de futebol são espalhadas em volta do boneco. Bem, foi nessa hora que a Renata, que adora "ver tudo com as mãos", foi analisar de perto o quão real eram os doces da barraca de uma boneca de cera holandesa vestida a caráter. Na hora que ela enfiou o dedo dentro de uma "maria-mole" (ou qualquer coisa do tipo), que ela percebeu que não eram de cera, decidiu então conferir novamente a holandesa, que já tinha mudado de posição e já estava olhando feito pra ela, resmungando num inglês britânico que mais parecia que ela estava falando com um batata na boca! Renatinha só olhou pra ela, disse em bom português "eu só gosto com gelatina" e bateu em retirada!

3. Quem: Bruno / O que: fila parada
A minha foi a mais simples, ninguém percebeu, mas quando eu me pego pensando na cena, acabo rindo sozinho tamanha a minha estupidez! Estou lá, num canto, numa pequena fila esperando parar tirar uma fotinho com Einstein, e ao mesmo tempo perdido em meus devaneios, olhando tantas celebridades, cores, sorrisos. Enfim, quando voltei a mim, sem saber exatamente quanto tempo tinha se passado, reparei que a fila não tinha andado nada. Ao estranhar isso, decidi perguntar pro senhor a minha frente o que estava acontecendo, e muito acanhadamente o chamei: "sr?" Ele nem se me mexeu, e foi ai que eu percebi que eu estava tentando me comunicar com o Galileu! Disfarcei, mexi no cabelo dele, dei risada e fui embora. Agora, quando tempo eu fiquei parado na "fila" atrás de um boneco de cera, isso eu não faço a menor ideia.

Bem, dizem que o que acontece na Madame Tussauds, fica na Madame Tussauds... Pelo menos deveria ser assim!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A arte de morar sozinho

Aloha! Queridos amigos, a internet é realmente uma coisa formidável não acham? Os sites de relacionamentos como Facebook, Twitter e Orkut, mais ainda. Eles permitem que o mundo conheça pessoas e histórias antes acessíveis a um universo restrito de telespectadores e certamente contribuem de maneira significativa com nossa eterna metamorfose ambulante.

Well! Pesquisando, lendo, a toa, navegando, ouvindo, falando, participando, interagindo, cheguei à uma comunidade muitíssimo interessante e culturalmente proveitosa chamada “A arte de morar sozinho” (or some thing like that).

Enfim, fazendo uma detalhada análise de post's interessantes e claro, sempre dando minha contribuição ativamente participativa, seguem algumas dicas e alertas para todos aqueles que como eu (a long time ago), já saíram debaixo das asinhas dos papais, mamães e simpatizantes e decidiram encarar a árdua realidade de se morar sozinho.

Vamos lá:

- As bananas nanicas não são as menores, mas são as mais baratas e é isso que importa.

- Roupas brancas e coloridas mantém entre si diferenças irreconciliáveis e não devem, portanto, freqüentar a máquina de lavar ao mesmo tempo.

- Panos de prato são capazes de caminhar durante a noite e amanhecem sempre muito mais sujos do que estavam quando você foi dormir.

- Limpar o banheiro não é só dar descarga duas vezes.

- Existem mais de quarenta tipos diferentes de produtos de limpeza, mas você descobre que só precisa de três ou quatro para sobreviver. (Até hoje, mesmo depois de 10 anos, ainda não consegui identificar a real utilidade dos outros 36 – ou mais)

- A NASA pretende descobrir vida inteligente na chapa do seu fogão em 2015.

- Pão de fôrma com o prazo de validade vencido não mata, a menos que esteja ficando verde.

- Aliás, prazo de validade é só uma maneira de avisar que, daquela data em diante, é melhor olhar antes de comer.

- A expressão “produto genérico” adquire significados muito mais amplos.

- Chinelos são itens de uso público.

- A frase “desamassa no corpo” torna-se item corrente no seu vocabulário.

- Quem disse que não se pode “viver” de miojo e salsicha por mais de uma semana, nunca morou sozinho.

- Melões e pêssegos se tornarão frutas exóticas. (Sério, isso pra mim hoje são coisas do Fantástico, não existem mais, pois entraram em extinção e infelizmente – ou não – os ecologistas não conseguiram salvá-los do triste fim)

- Tapetes são feitos de fibras especiais que não precisam ser lavadas nunca. (Mas sinceramente, duvido que você terá um)

- O bicho debaixo da geladeira é muito mais assustador que o bicho debaixo da cama.

- Você eventualmente terá que jogar fora tupperwares fechados com seu conteúdo.

- Arroz, feijão, frutas e legumes serão itens supérfluos nas compras do mês. Essenciais são: cerveja, miojo, hambúrguer e danete.

- Roupa amassada ocupa muito mais espaço nas gavetas.

- Cuidado: panela no fogo + cerveja + amigos = comida queimada.

- Os fios de cabelo não vão embora pelo ralo e, muito menos, vão sozinhos para o lixo.

- Janelas não fecham sozinhas quando começa a chover, portanto, feche-as antes sair de casa.

- A casa nunca esta varrida quando se volta do final de semana

- Não conte para os amigos que você mora sozinho, a menos que não se importe de transformar sua casa em um motel.

- Meias encardidas só a mãe sabe limpar.

- Quem inventou o microondas e a máquina de lavar com certeza foi canonizado.

- Cuidado: não desligue seu despertador! Pois ninguém vai te acordar para ir para o trabalho.

- O provisório certamente virará definitivo em curtíssimo espaço de tempo. (E você até acaba achando uma desculpa para si, como “até que ficou mais charmoso”)

- Não se deve encher a geladeira de coisas, pois não dá tempo de comer antes que estraguem.

- Você só vai perceber que tem poucos prato e talheres na sua casa quando sua família resolver te visitar.

- Infelizmente latas de leite condensado e garrafas de vinhos não vêm com os devidos abridores. Sim, você vai ter que comprar separado. (A não ser que passe a vida inteira jogando a rolha do vinho para dentro da garrafa e continue estocando as latas de leite condensado, milho verde e atum junto com as outras 17 já guardadas)

- Não é legal varrer a sala com rodo, lembre-se de comprar uma vassoura decente!

- Não. Esfregar com o tênis o leite que caiu acidentalmente no chão da cozinha não é o suficiente, use um pano com veja de preferência.

- Dormir na sala às vezes é legal, mas o colchão não volta sozinho pro quarto.

- Se você tiver menos que 1,80m de altura, acredite: você vai precisar de uma escada um dia, portanto, compre.

- Passar roupa com edredom em cima da cama dói as costas. Compre uma tábua de passar.

- Sim, as lâmpadas não duram pra sempre, elas queimam.

- A perdigão e a sadia, hoje, são mais amigos do homem que os cachorros.

- Falar no telefone CUSTA CARO, cuidado! Ligar pra celular, MAIS AINDA, cuidado em dobro!

- Sabão em pó não é aconselhável para lavar louça.

- Existe vida sem papel higiênico de folha dupla.

- Cuecas (e calcinhas) penduradas no chuveiro não vão sozinhas para o varal.

- Louça suja mais de três dias fede. Louça suja de cinco dias inviabiliza a presença de pessoas na cozinha. Louça suja de uma semana adquire vida e passa a ser capaz de verbalizar pedidos.

Valeu pessoal! Até a próxima!

AMT - Alienação Mental Temporária

Hoje foi foda.

Você alguma vez na vida, por pura falta de concentração, fez algo totalmente maluco e só reparou depois de ter feito, como por exemplo, jogar um par de meia no lixo ao invés de coloca-lo no cesto de roupas sujas? Ou quem sabe colocar a pasta de dentes ou o prato de comida sujo dentro da máquina de lavar roupa. Pois bem, a essas atitudes singulares, a psicologia chama de Alienação Mental Temporária (AMT), cuja causa mais predominante é o nosso mais moderno e bacana diagnóstico de rico: o estresse.

Bem, essas coisas são geralmente simples e no final das contas, engraçadas, mas hoje foi foda.

Uma vez eu até cheguei a sair de casa com o telefone sem fio jurando que tava com o celular, e o que é pior, tentei ligar pra alguém em pleno shopping center lotado! Mas até aí, tudo bem, a gente disfarça. Agora hoje, hoje foi foda.

Outra vez, minha empregada ficou olhando torto pra mim o dia inteiro e eu só percebi quando abri a geladeira a noite e encontrei uma cueca, um par de meia e minha gravata azul dobradinha na gaveta de cerveja. Mas até aí, tudo bem, rimos sozinhos e não contamos para ninguém. Agora hoje, hoje foi foda.

Fazer essas coisas em casa ou longe de todo mundo que você conhece, acaba virando piada e você até se gaba em dizer isso naquela roda de cerveja entre amigos, até porque, ninguém vai acreditar muito nessas histórias. Mas quando você está no seu ambiente de trabalho, levando em consideração que a empresa têm centenas de funcionários e que eles sempre te vêem andando pelos corredores, com seu terno alinhado e notebook na mão, a coisa muda de figura.

Pois bem, agora imaginem a cena: - me pegaram mijando na lixeira do banheiro. Hoje foi foda!

Vai besta, podia ter ficado quieto!

Natal. Adoro essa época. Além da proximidade das férias de verão, viagens novas, praias, festas, cachaças, amigos, meu aniversário, etc, eu adoro o espírito natalino e suas decorações. Os shoppings ficam todos enfeitados com seus ornamentos nos corredores e vitrines. Agora, o mais legal de tudo ainda, são as Mamães Noelas! Gente, só arrumam modelos maravilhosas usando vestidinhos vermelhos, curtos, com um cinto básico delineando ainda mais suas curvas e o chapeuzinho tradicional para completar o fetiche de qualquer um que deseje fazer HO HO numa noite fria de dezembro.

Bem, mas vamos nos concentrar nos fatos. Ao contrário do que muita gente pensa, eu sou extremamente tímido e não costumo ficar jogando cantadas formadas e baratas para chamar a atenção das mulheres. Eu preciso de tempo e oportunidade para provar a elas o quanto todas já nasceram apaixonadas por mim. Ta bom, ta bom. Muuuuito tempo. Mas consigo!

Contudo, não sei o que aconteceu comigo hoje enquanto voltava do meu almoço num shopping aqui mesmo em Contagem (MG), próxima a sede do Jornal O Tempo. Ao ver aquelas duas mamães-noelas maravilhosas, as palavras simplesmente saíram da minha boca:

- Aôôôôô uma mamãe-noela dessa no meu trenó!

Pra minha surpresa, as duas pararam, se olharam, e com um sorriso nos lábios uma delas me respondeu:

- Eu que o digo!

Nossasenhoradaparecidadegoiás, deu certo! Cantadas baratas funcionam! Mas antes que eu pudesse desarmar aquele sorrisinho idiota com aquela cara de galã da menopausa que eu estava na hora, ela continuou:

- To precisando de um viadinho pra puxar o MEU trenó, topa?

Vai besta, podia ter ficado quieto...

Isso, foi o que eu disse.

As verdadeiras maravilhas do mundo não são monumentos históricos, grandiosos e imponentes espalhados pelos quatro cantos da Terra, mas sim, os responsáveis pela existência delas - as pessoas. Depois que mudei para Belo Horizonte, por motivos óbvios tenho andado bastante sozinho, apenas acompanhado por mim mesmo, que sem falsa modéstia, é uma companhia inigualável, mas não é sobre isso que eu quero falar.

Pois bem, nessas minhas andanças "alone", tenho tido mais tempo e oportunidade de prestar atenção naqueles que me rodeiam. Hoje, particularmente, presenciei uma conversa que jamais vou esquecer. Eu estava comendo minha tradicional picanha de domingo, num shopping aqui perto de casa, quando, de longe, já percebi a chegada de um grupo exótico. A cena parecia coisa de filme. Um grupo caipira vestido a caráter. Tamanha a perfeição, que parecia que cada integrante do grupo tinha sido cuidadosamente vestido e maquiado pra dar tal impressão.

Na frente, como se estivesse liderando os demais, vinha o que me pareceu ser o avô, embora, acredito que ninguém ali devia ter menos de trinta anos. Mais velho, falante e ainda mais caracterizado usando um chapéu amarelado com abas tortas nas laterais, foi o primeiro a puxar a cadeira e sentar na mesa ao lado da minha. Adorei, pois teria a oportunidade de dar uma “espiadinha” no papo daquela turma. Foi quando o vovô falou:

- Garçom, uma cerveja e uma porção, por favor.
- Porção de que? - Perguntou o garçom ao seu aproximar da mesa
- De copos - Respondeu o matuto.

Não me contive. Eu tinha acabado de colocar uma bela garfada de arroz com alho na boca e vocês já conseguem imaginar o que aconteceu né? Era arroz voando pra tudo que era lado. Fala sério, quem pede porção de COPOS?!!! Naquele momento, mesmo com a vergonha de ter cuspido metade da minha comida, sabia que valia a pena pedir mais uma coca-cola e esperar pra ouvir a conversa.

- Qual cerveja o senhor vai querer? - Perguntou o garçom novamente ao velho.
- Ah, eu gostaria de experimentar aquela tal de long net.
- Qual? Perguntou o garçom erguendo levemente a sobrancelha
- Long net! Aquela que vem numa garrafinha pequeninha, bonitinha.
- Não seria long neck? - Dessa vez o garçom tinha um leve sorriso nos lábios
- Isso, foi o que disse - Respondeu o velho.

Marcas decididas e o garçom se afastou. Nesse momento, o velho virou para um dos seus "netos" e disse:

- Aqui, falei com sua mãe hoje no telefone celulari...
- Celular! - Corrigiu outro neto
- Isso, foi o que eu disse. Então, ela está super preocupada, parece que o céu tá desabando por lá de tanta chuva. No dizê dela, ontem choveu até granito.
- Choveu o que? - Perguntou o neto em um tom assustado.
- Granito, aquelas pedrinhas de gelo pequeninhas que caem do céu quando a chuva é muito fria - Explicou-lhe o velho.
- Ahhh granizo! - Corrigiu o neto
- Isso, foi o que disse.

Nesse momento um conjunto de sirenes soou alto desviando a atenção de todos. O velho na mesma hora gritou:

- Nuuuu, olha o tanto de microondas da polícia! Que será que aconteceu?

Microondas da polícia??? - Pensei comigo! Não conseguia imaginar o que era e me virei pra rua, quando percebi cerca de oito ou nove micro-ônibus da polícia militar passarem em carreata pela avenida principal. Pensei novamente: Gente, que figura é essa? Porção de copos, long net, telefone celulari, chuva de granito e microondas da polícia em menos de dez minutos! Que será que vem mais por aí? Mas aquele velho senhor era também um poço de cultura. Super bem informado sobre o que acontece no mundo, ele foi rápido em dizer uma bela frase com o garçom finalmente retornou com as cervejas:

- Ramusimbora todo mundo beber meu povo. Cerveja pode, porque é o leite que ta com aquela soda gáustrica!
- É cáustica! - Corrigiu um dos netos
- Isso, foi o que eu disse.

Depois de mais uns dez minutinhos de uma proza pra lá de divertida, eu tinha acabado de dar uma bela golada na minha coca-cola quando o vovô me veio com essa:

- Tecnologia é uma coisa linda né? Olha que fantástica aquela televisão de magma - E apontou para uma enorme televisão de 42 polegadas que estava na vitrine de uma loja.

Um dos netos, após ter olhado a tv, virou e disse:
- É plasma! Televisão de plasma! Não existe televisão de magma!
- Isso, foi o que eu disse - respondeu o velho.

Mas já era tarde. No segundo que eu vi aquele senhor apontando pra tv eu cuspi novamente toda a coca-cola que tava na minha boca. Dessa vez não tive nem como disfarçar que eu não estava prestando atenção neles. Parte da coca chegou até a molhar o pé do velho que fechou a cara pra mim e disse:

- Fi, é impressão minha ou você ta ouvindo a conversa dos outros?
- Não, não, não meu senhor. Me perdoa, é que eu acabei de lembrar que esqueci minha tv de magma ligada e ela consome um bocado de energia - respondi.
- É plasma fi, não existe televisão de magma, parece burro!
- Isso, foi o que disse.

Paguei a conta e saí. Eita velho que aprende rápido!

Pai Bruno

Minha primeira viagem à Bahia foi bem interessante. Eu e Eduardo - meu velho companheiro de aventuras de estrada - fomos incumbidos de levar o carro do nosso chefe pra Salvador. Poderíamos ter levado outro maluco, o Tadeu. Mas quando tivemos que optar entre ele o Catatau - nosso isopor de cerveja - bem, acho que não preciso entrar em detalhes.

Os primeiros 800 km, até Bom Jesus da Lapa foi até bem tranqüilo. Eu nunca tinha visto tanto buraco numa estrada. Sim, parecia um queijo suíço gigante com uma faixa amarela no meio. Vários pequenos pedaços de asfalto num enorme buraco. Tá, ok, talvez eu esteja exagerando um pouquinho. Pois bem, o Eduardo já estava fulo da vida comigo, porque eu consegui cair em todos os buracos que existiam. Se por um acaso, a estrada estava perfeita e aparecia um único buraco, eu caía nele. Talvez fosse o som alto ligado que o fez gritar comigo uma hora, e usando uma boa técnica psicológica que me marcou bastante. Ele gritou assim:

- Porra Bruno, não tenta desviar mais, acerte os buracos! Mire o carro neles!
Bem, como eu sou do contra, claro que eu errei todos a partir dai e um sorriso nojento apareceu no canto da boca do Eduardo.

Como minha euforia pra chegar logo na terra colorida era grande, toda hora eu perguntava:
- Já chegamos na Bahia?
E o Du respondia:
- Não, ainda não.
Mas eu, mais ou menos como o burrinho do Shrek fez enquanto tava indo pra Far Far Way, continuava:
- E agora? Já chegamos na Bahia?
Meu companheiro de aventura até que é um cara bem paciente.

Bem, perto de Lençóis, nessa brincadeira de ficar enchendo o saco dele, eu desviei minha atenção e adivinhem - acertei um belo de um buraco. Na mesma hora descemos do carro pra ver o tamanho do estrago. Eu coloquei a mão na cabeça desesperado e gritei:
- Vou perder meu empreeeeeego!
(Pobre é foda, nem chegou nas férias e já começa a calcular a vida apenas com o dinheiro do seguro desemprego). O Eduardo olhou bem pro pneu. Não tinha furado, apenas amassou um pouco a roda de ferro. Então ele disse:
- Dá tempo!
Ele nem pensou duas vezes em tirar as chaves da minha mão e assumir o comando. Dirigindo feito louco no meio daqueles buracos, chegamos numa cidade pequena ainda com o pneu sem ter esvaziado por completo. Um negão 2x2 chegou, olhou e disse:
- Humm a jante, vai levar uns 5 minutinhos.
Eu, na dúvida respondi:
- Prazer, o meu é Bruno.
(Que diabos era "jante"?) Não sei se ele não entendeu ou se fui eu que não entendi, então preferi ficar na minha. Passados os 5 minutos, quando percebi que meu emprego estava salvo e que jante nada mais era que a roda do carro, perguntei:
- Quando eu devo?
O negão respondeu:
- Ô meu rei, deixa algum pra cumê água.
Pensei:
- Fudeu, que porra é essa?
O Eduardo na hora olhou pra mim, segurando a risada e disse:
- Brunão, agora sim, estamos na Bahia! Cume água é tomar uma... cerveja!

Eu fiquei tão feliz que olhei pro cara e disse:
- Maluco, cervejinha é o caraleo, você vai tomar é whisky!
E tirei do carro uma garrafa de Red Label. Os olhos do negão brilharam na hora, e no entusiasmo de uma criança vendo seu Atari novo disse:
- Caraca, é de verdade rei? Péra ai que eu vou buscar gelo!
Esse negão me voltou com um copo maior do que aqueles baldes de refrigerante do McDonald's. Tomamos uma com ele e seguimos viagem.

Até Feira de Santana, tudo ok. A partir dali, quem assumiu o volante foi o irmão do Eduardo, o Gustavo, e com isso, meu companheiro Du, pode se juntar a mim na difícil missão de encher a cara nas terras onde o Brasil foi descoberto. Mais 100 km e chegamos a Salvador, mas nosso destino final ainda estava a 240 km ao norte, subindo a linha verde - Sítio do Conde, esse era o nome do paraíso com praias desertas, coqueiros balançando e uma nova fonte de renda e inspiração que nos aguardava.

Depois de Costa do Sauípe, antes de Mangue Seco, é o mais perto da localização desse paraíso que estou autorizado a falar. Se eu disser exatamente como chegar lá, teria que matar vocês depois. Chegamos à casa da Carol (hoje, esposa do Eduardo). Cansados? Muito. Dormir? De jeito nenhum! Tomamos o restinho que sobrara daquele litro de whiski (o copo do negão era realmente grande) e abrimos outra garrafa. Estávamos sentados na varanda da casa, que ficava em cima de uma duna, há não mais que uns 20 metros do mar. De lá, dava pra sentir a brisa batendo, o cheiro de maresia e o chuá das ondas sem parar.

- Praça!
Disse o Eduardo pulando da cadeira onde estava.
- Vamos comer água na praça!
Reforçou a idéia de forma que agora, todos entenderam. (Nessa altura eu também já compreendia algumas expressões desse fantástico dialeto tupiniquim). Toda cidade pequena tem uma praça onde o povo que se encontra nos veraneios para beber. O fato de ser por volta das 4 da manhã não importava, levando em consideração que era véspera de ano novo, ninguém dorme nessa época.

Chegando na praça, muitos malucos bêbados amigos do Eduardo e eu sem conhecer ninguém. Mas isso era de longe um problema. Não existe povo mais acolhedor que o baiano. Em menos de uma hora eu já era praticamente amigo de infância de boa parte das pessoas que estavam ali naquela noite. O primeiro que eu conheci foi o dono da barraca de capeta, o Mécio. Quando nosso whisky acabou, e o Eduardo foi lá na casa da Carol pegar mais uma garrafa, ele virou pro Mécio e disse:
- Mécio, cuida desse meu amigo de Brasília pra mim, ele ainda está meio perdido.
Rá rá rá. Qual não foi o susto do Eduardo quando voltou e me viu "dentro" da barraca do Mécio gritando pro povo:
- Olha o capeta do dente torno, é de Brasília mas não tá morto – É 1 real gente fina!
O Du não sabia se ria pelas merdas que eu falava (que não faziam o menor sentido) ou pelo fato de eu ter conseguido atrair uma fila pra frente ta barraca do maluco! Depois de ter inventado umas 4 receitas de capeta diferentes (sem sequer cobrar direitos autorais), sentei pra descansar um pouco e continuar tomando meu whisky... foi quando as coisas aconteceram...

Sentou uma guria linda do meu lado, e eu, todo metido a conquistador, resolvi flertar com ela, utilizando o xaveco mais interessante q eu achava que tinha na época: astrologia. Signo pra cá, ascendente pra lá, características assim, jeitos assados e o papo foi fluindo. A guria se interessando e o povo chegando, ouvindo de rabeira e prestando mais atenção. Foi quando eu percebi que tinha algo estranho. Num determinado momento, onde o papo com a guria fez uma pequena pausa, outro louco cortou a gente e disse:
- Ei, agora sou eu, sou de sagitário.
Eu fiquei olhando pra cara daquele insano sem entender direito, fitei o Eduardo meio assustado que fazia um sinal de ok e sussurrava algo do tipo:
- Vai, fala, está tudo bem.
Bem, me empolguei e destrambelhei a falar dele, do signo, da mãe, do irmão, dos negócios e a ligação que ele tinha com relação ao processo que estava vivendo e daí pra pior. Em menos de trinta minutos aquele maluco foi saindo de perto chorando e gritando:
- Eu sabiaaaaaaa, é por isso que minha mãe gosta mais do meu irmão do que de mimmm!
Assim que ele saiu, outro sentou na minha frente e disse:
- Escorpião!
Dessa vez eu olhei pro Eduardo em pânico, mas ele tava do outro lado da rua conversando com mais uns quatro. Forcei o ouvido pra saber o que eles diziam e consegui entender o Du resmungando muito sério algo do tipo:
- Não meu rei, o negócio é o seguinte, não dá pra fazer por menos não. O Pai Bruno cobra em Brasília 150 reais a consulta, está fazendo aqui por 30 só porque é meu amigo e você ainda quer desconto? Larga de ser miserável rapaz! É sua vida que está em jogo!
Quando olhei pra mão do Eduardo e vi aquele chumaço de dinheiro... incorporei. Até previsão eu fiz. Teve até um camarada riquinho que queria pagar a tarifa cheia de Brasília pra furar fila! Uns quatro choraram e pelo menos meia dúzia saiu pulando de alegria.

Depois de um tempo, chamei o Du do lado e disse pra ele que eu não agüentava mais ouvir problemas dos outros e resolvemos parar. O sacana do Eduardo ainda fez uma propaganda que a partir daquele momento eu não deveria ser importunado e que eu voltaria dali a um ano para atender aqueles que não tiveram oportunidade.

Dizem as más línguas que dois esperam até hoje para uma consulta, um se separou da mulher porque descobriu que realmente estava sendo traído e pelo menos cinco me juraram de morte.

Mas isso tudo não passa de lenda. Eu não sou do tipo que confia em boatos, previsões e dá ouvido a esses comentários maldosos. Sou muito pé no chão. Esse tipo de insanidade é pra essa galera que não tem mais o que fazer e fica falando sobre astros, inferno astral, júpiter na casa 8, marte na 7, retorno de saturno, ou seja, essas besteiras sem fundamento.

Mas se mesmo assim, você tiver interesse, hoje Pai Bruno está atendendo em Belo Horizonte. Mas olho aberto, pois a qualquer momento, ele pode estar na sua cidade!

Fique atento aos sinais...

Capitão Nascimento: o novo Chuck Norris

Tropa de Elite. Sem dúvida nenhuma um marco na história do cinema brasileiro. Oscar de melhor filme estrangeiro seria pouco pra ele. Tudo nota 1000. Elenco, produção, trama, interpretação, equipe técnica, direção, tudo. Queria deixar claro aqui a minha admiração por esse trabalho antes de começar a falar sobre o principal personagem desse filme e, com certeza, hoje, um ídolo para uma nação inteira. Capitão Nascimento: o novo Chuck Norris.

O cara é simplesmente ESCROTO. O pai que todo filho deveria ter. Queria ver crescer algum marginalzinho por aí... entrava no saco se andasse torto. Eu imagino o nosso Capitão Nascimento perguntando ao filhinho de 4 anos onde estão as cartas de baralho que o pimpolho estava brincando e agora, estão faltando. Seria mais ou menos assim:

- Cadê a carta do baralho?
- Num sei papai. (PAF)

- Cadê a carta do baralho?
- Num sei papai. (PAF)

- Cadê a carta do baralho?
- Num sei papai. (PAF)


Sem contar que ele sabe como agir com a esposa. "Quem manda nessa porra aqui sou eu!". Pode imaginar como seria os dois fazendo compras no shopping? Ela doida pra procurar a bota nova que saiu na coleção de inverno e ele apenas pergunta:

- Quanto tempo a senhora precisa pra comprar a bota?

E ela responde:

- Não sei. Acho que umas duas horas está legal.

(Nuuuuu... ele retrucaria na hora:)

- A senhora é uma fanfarrona! A senhora tem 2 M-I-N-U-T-O-S pra comprar essa tal bota!

O cara é tão foda que muitos já o comparam com o lendário Chuck Norris, famoso por ser o mais indestrutível mito ja existente até então. Para mostrar a vocês o quanto Capitão Nascimento é realmente temido e poderoso, vou colocar abaixo as 50 "mais" de nosso novo herói brasileiro.

1. Capitão Nascimento já foi conhecido apenas como "Fé", resultando em ditados populares como "a fé move montanhas".

2. Toda vez que o Capitão Nascimento encara uma nuvem ela chora. E chove.

3. Capitão Nascimento espirra sem fechar os olhos.

4. Capitão Nascimento não mente, ele exprime a verdade.

5. Pode estar um sol de 40 graus, mas se o Capitão Nascimento diz que é noite dane-se o sol, pois é noite mesmo.

6. Quando o Capitão Nascimento vai à igreja, o padre senta no primeiro banco e fica prestando bastante atenção.

7. Qual é o cúmulo da falta de cuidado? Tropeçar no pé do Capitão Nascimento.

8. Capitão Nascimento é a razão por que o Wally (do livro "Onde está Wally?") se esconde.

9. Capitão Nascimento pode dividir por zero.

10. Capitão Nascimento venceu o Campeonato Mundial de Poker com um dois de paus e uma carta "Saída Livre da Prisão" do Banco Imobiliário.

11. Deus precisava de 10 dias para construir o mundo. Capitão Nascimento deu a ele 6 e olhe lá.

12. Capitão Nascimento entrou para o Clube da Luta. O Clube perdeu.

13. No primeiro "Parque dos Dinossauros" o Tiranossauro Rex não estava perseguindo o jipe. O Capitão Nascimento estava perseguindo o Tiranossauro. E o jipe.

14. Capitão Nascimento pode segurar o fôlego por nove anos.

15. Capitão Nascimento e Superman apostaram uma queda de braço. O combinado foi que quem perdesse usaria a cueca por cima da calça o resto da vida.

16. Quando o Capitão Nascimento joga Banco Imobiliário ele afeta a economia mundial.

17. O roteiro original do filme "O Senhor dos Anéis" trazia o Capitão Nascimento como Frodo. Só tinha duas páginas, pois o Capitão Nascimento acabava com Sauron no fim do primeiro capítulo.

18. Capitão Nascimento já acessou a internet através de um Atari.

19. Você já viu elefante amarelo? Capitão Nascimento odiava elefantes amarelos.

20. Capitão Nascimento uma vez chutou um cavalo no queixo. Nasciam as girafas.

21. Uma abelha rainha picou Capitão Nascimento. Virou operária.

22. Quando Jesus disse "quem nunca errou que atire a primeira pedra", Capitão Nascimento foi piedoso.

23. Vá com Deus. Capitão Nascimento está de férias.

24. Branca de Neve tinha 13 anões. 6 cruzaram o caminho do Capitão Nascimento.

25. O recorde atual de embaixadinhas pertence ao Capitão Nascimento, exatamente 1.289.384. Com uma bola de futebol americano.

26. Capitão Nascimento se bronzeia no Sol. NO SOL!

27. Capitão Nascimento não precisa de reflexos. Ele pára o tempo.

28. Capitão Nascimento FALA braile.

29. Capitão Nascimento sempre sabe a exata localização de Carmen San Diego.

30. Capitão Nascimento pode fritar formigas com uma lente de aumento. De noite.

31. Capitão Nascimento refere-se a si mesmo na quarta pessoa.

32. Capitão Nascimento comeu os donuts do orkut. Não sobrou nenhum para você!

33. Capitão Nascimento atirou o pau no gato, e o gato morreu.

34. Capitão Nascimento não tem os ossos do fêmur nas pernas. Ele tem ossos do MÁCHUR!

35. Quando E.T. liga pra casa. O Capitão Nascimento diz: Alô!

36. Com o Capitão Nascimento, a série "24 horas" teria apenas 24 segundos.

37. King Kong subiu o Empire State com medo do Capitão Nascimento.

38. Quando disseram: "Nem Deus afunda o Titanic", o Capitão Nascimento não gostou.

39. Mcgyver com 2 pilhas e 1 chiclete faz uma bomba. Capitão Nascimento só precisa do chiclete.

40. Capitão Nascimento é capaz de construir réplicas em tamanho real das pirâmides do Egito com peças de Lego.

41. Capitão Nascimento já foi homem bomba. 13 vezes.

42. No final de uma oração, Capitão Nascimento não diz "Amém". Ele diz: "Entendeu?".

43. Judas perdeu as botas enquanto fugia do Capitão Nascimento.

44. Algumas vezes o Capitão Nascimento decide olhar o sol de perto. Cientistas chamam isso de eclipse.

45. Capitão Nascimento cuspiu para o alto e atingiu outro avião. Não perca o próximo episódio de Lost.

46. Quando o Capitão Nascimento gravou suas mãos na calçada da fama, o concreto estava seco.

47. Wilson nem falava com Tom Hanks. Para o Capitão Nascimento, no entanto, a bola cozinhava, lavava roupa e ainda limpava a ilha.

48. Capitão Nascimento atravessou na frente de um gato preto em plena sexta-feira 13. O gato tem azar até hoje.

49. Capitão Nascimento pediu um Big Mac no Burger King. E foi atendido.

50. Quando Deus disse "haja luz", Capitão Nascimento disse "diga p-o-r-f-a-v-o-r".

E para finalizar, e provar que o nosso super-herói é melhor que Chuck Norris, Capitão Nascimento também demonstra que é um poço de cultura:

O conceito de estratégia, em Grego strateegia, em Latim strategi, em Francês stratégie...

Ai se eu tivesse intimidade...

Caros leitores,

Eu NÃO sei se o que vou escrever aqui é 100% verdadeiro. Recebi pela Internet alguns casos de clientes que entraram em contato com grandes empresas tirando dúvidas, pedindo informações e até fazendo sugestões com relação a seus produtos.

São questões extremamente interessantes e merecedoras de uma especial atenção. Vou publicar as supostas perguntas enviadas pelos clientes, as respostas das empresas e o que eu diria se tivesse intimidade de dizer o que penso pra cada um deles, ok?



Empresa: AXE
Autor: Robson

Oi, sou um rapaz de 18 anos e tenho problemas com as mulheres. Tinha esperança de que usando o AXE as mulheres cairiam nos meus pés, conforme nos comerciais, e passei o desodorante por todo o corpo. Ainda assim elas continuam fugindo de mim. Como devo usar o produto para que as mulheres venham atrás de mim? Robson.


Prezado Robson,

Agradecemos o seu contato, o que demonstra o seu interesse por nossos produtos. Quanto à sua dúvida, informamos que o intuito de nossas propagandas é de mostrar o efeito prolongado de AXE, deixando-o perfumado por mais tempo. Aproveitamos para anexar um informativo sobre os produtos Axe. Sempre que quiser, entre em contato conosco, pois a sua participação é muito importante!

Atenciosamente,

Maria Angélica Gonçalves
Gerente de Relacionamento com o Consumidor


Ai se eu tivesse intimidade...

E aí, Robson, beleza? Como tá a força? Então, respondendo sua pergunta, te aconselho o seguinte:

1. Passe o desodorante (de preferência o tubo inteiro) e vá para uma academia malhar (faça isso uns seis meses mais ou menos).
2. Procure um cirurgião plástico e diga para o médico que você gostaria de ficar parecido com o Gianechini (sempre utilizando o desodorante).
3. Aguarde alguns meses.
4. Pronto!! Agora passe o desodorante mais uma vez e saia para a festa mais badalada da sua cidade.
5. Olhe para a mulher que deseja, chegue perto, faça uma cara de galã da menopausa e diga: Olá. Prazer. A noite. É nossa!
Boa sorte!


Empresa: Shell
Autor: Ulisses

Olá, Meu nome é Ulisses, possuo um Corcel II 1986 a álcool e sou cliente assíduo dos postos Shell. Não abasteço em nenhum outro posto há mais de 3 anos. Estou escrevendo porque estou com uma dúvida que acho que vocês são os mais indicados a me ajudar. A questão é que estou programando uma viagem para o domingo dia 27/10. Nesse dia, será realizado o 2º turno das eleições e mais uma vez teremos a proibição de venda de álcool das 0h00m até as 23h59m de domingo. A chamada lei seca. Porém, o trajeto que pretendo percorrer no domingo é muito maior do que a autonomia do tanque do meu carro, logo, já que não haverá venda de álcool, deverei carregar em algum recipiente o equivalente a, segundo meus cálculos, aproximadamente um tanque e meio, quase 100 litros. Gostaria de saber qual o recipiente mais seguro para transportar o combustível ou se há alguma outra solução para meu problema. Pensei em talvez abastecer com gasolina, já que a proibição de venda é somente de álcool, pelo que eu ouvi. Caso a solução seja mesmo a de transportar o combustível a ser usado, gostaria de saber se algum posto de vocês na região da Grande BH, em Minas, poderia fazer um desconto, já que eu estaria comprando mais de 150 litros de álcool no sábado. Conto com a ajuda de vocês. Ulisses.

Prezado Sr. Ulisses,

Em retorno a seu e-mail, gostaríamos de esclarecer que a lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas nos dias de eleições se referem apenas a bebidas e não a combustíveis automotores. Agradecemos sua visita ao nosso site.

Shell Brasil Ltda.


Ai se eu tivesse intimidade...

Grande Ulisses! Como vai o molho? Melhorou? Beleza!

Então Ulissera, seguinte: após analisarmos com demasiado cuidado seu pedido e fazermos testes com alguns tipos de recipientes capazes de levar o álcool com segurança, chegamos à conclusão que o melhor recipiente é aquele potinho de filme fotográfico, sabe qual é? Aquele pretinho? Então, para facilitar a sua vida tomei a liberdade de fazer um breve cálculo. Cada pote daquele cabe aproximadamente 80ml. Ou seja, para 100 litros você precisará de 1.250 potinhos, ok? Pode mandar bala!

Quanto ao desconto, infelizmente não podemos fazer isso, gente boa, porque cada rede tem seu valor tabelado e eu não sou nem besta de me meter entre eles! (É perigoso, sabe? Mas fica entre a gente isso!)

Agora... eu sei que não é da minha conta... mas você vai viajar e não vai votar não??? Que absurdo! Se eu fosse você parava pra pensar em que tipo de cidadão está demonstrando ser pros seus filhos!

Valeu Ulissoca, até a próxima e obrigado por entrar em contato, blá blá blá... aquelas coisas que você sabe que eu tenho que falar. Fui!


Empresa: Avon
Autor: AllNaipe (leitor)

Olá, Meu nome é Flávia, tenho 16 anos e namoro com um menino de 12. Sempre que namoro em público sou motivo de piadas pois Conrado, meu namorado, é muito franzino. Recorri, então, ao creme Renew, que venho utilizando a dois meses gostaria de saber quanto tempo levarei para parecer quatro anos mais nova. Obrigada, Fávia. P.S.: Utilizando o creme somente no rosto, como manda a embalagem, corro risco de rejuvenescer corporalmente? Quero dizer, apesar do rosto de 12 anos vou continuar com meus seios de 16, né?


Prezada Flávia,

Muito obrigada pelo amável contato. Primeiramente informamos que o produto citado em seu e-mail é para ser usado por pessoas a partir de 25 anos, por tanto ele NÃO é indicado para sua idade. Se desejar uma consultoria de beleza mais personalizada, entre em contato conosco, de segunda à sexta-feira, das 08:00 às 17:00 no telefone 0800-125500 (outras localidades) ligação gratuita. Conte sempre conosco!

AVON COSMÉTICOS


Ai se eu tivesse intimidade...

Flavinha, Flavinha... você não toma jeito né? Já te disse pra largar desse mocorongo... 12 anos, franzino e ainda chama Conrado! Fala sério... Não me admira se daqui algum tempo ele começar a morder a fronha viu?

Olha só, você é tão gatinha, fofinha, gente boa... precisa arrumar um namorado melhor, alguém mais sério, maduro, resolvido... entende?

Faz o seguinte... anota meu telefone ai pra gente conversar sobre isso... (47.....)

Ai meu Pai! E agora?

Sou uma figura noturna. Praticamente um Conde Drácula do mundo moderno. Prefiro trabalhar durante a noite e dormir durante o dia. Acho que o trabalho rende mais. Telefone não toca, tem menos pessoas online no meu msn, esses "detalhes" que fazem com que minha atenção se disperse menos e então, eu consiga trabalhar um pouquinho. Não muito também, porque descobri que eu vim no mundo a passeio e quem trabalha demais não tem tempo pra ganhar dinheiro.

Enfim. Eu trabalhava no sexto andar de um edifício chamado Central Park, em Brasília. Geralmente eu ficava as madrugadas lá mesmo. Descia, tomava um cafezinho com os porteiros, voltava a trabalhar, e assim a madrugada se estendia.

Num certo dia, lá pelas 3h30 da manhã, me deu uma baita de uma dor de barriga. Como eu não consigo, de jeito nenhum, fazer o número dois fora de casa, e também já estava bem tardinho, decidi correr pro meu apartamento.

Fechei o escritório, entrei no elevador, apertei o segundo subsolo pra ir pra garagem buscar meu carro. A primeira balançada do elevador me deu "revertério" na barriga, e eu, pra amenizar um pouco meu problema, resolvi soltar aquele famoso "peido guenta aí", que dá uma leve melhorada no quadro por algum tempo.

É engraçado como o ser humano gosta do cheiro do próprio peido né? Tipo, a gente sabe que ta fedido, mas quanto pior o cheiro, maior o sorriso que abrimos, né não? Então, foi desse jeito mesmo que aconteceu, abri um puta sorriso, até que...

Lá pelo terceiro andar o elevador parou. Já achei estranho. Esperei. A porta se abriu. Gelei. Não, aquilo não podia estar acontecendo. Simplesmente entraram 10 pessoas no elevador, e eu estava lá sozinho com um puta cheiro de peido! Fiquei em estado de choque! Pensei comigo: Ai meu Pai! E agora???

Agora vai se azarado lá ponte que partiu. Três e meia da manhã, dez pessoas ainda trabalhando e saem na mesma hora que eu! (detalhe, a capacidade do elevador era pra 12 pessoas, ou seja, lotou ainda por cima!) O prédio ainda tinha 4 elevadores, por que escolheram justo aquele???

Eu suava frio. Um suor de uma gota só de tão nervoso que eu estava. A gota descia e subia pelas minhas costas enquanto minha cara parecia a paleta de cores do Photoshop. Eu nem piscava. Só barulho daquelas pessoas fungando e emitindo sons do tipo "humm" me torturava. Mas eu não podia fazer nada!

Foram os três andares de elevador mais demorados da minha vida. A porta abriu no térreo, mas desde o primeiro andar a galera já estava amontoada na porta desesperada pra sair. Quando abriu, parecia uma cavalaria. Teve uma guria que prendeu a respiração pra não cheirar e quase morreu por asfixia. Tiveram que ajuda-la, tadinha. Eu continuei dentro do elevador. Nem piscava. Virei meio Dalai Lama na hora. Meditei, consegui pela primeira e única vez na minha vida não pensar em nada e olhar para o tudo e o nada ao mesmo tempo.

A porta se fechou. Eu tava tão nervoso que não conseguia pensar em nada. Apenas saí, entrei no carro e fui embora pra casa. A dor de barriga foi até embora. Nunca fiquei tão sem graça em toda minha vida e nunca mais andei de elevador com dor de barriga.

Ai meu Pai... Ai meu Pai...

Cultura inútil

Informação é sempre bem vinda! Tem um grande primo meu, Rodrigo, que diz assim: "Quem não lê, não leva vantagem nenhuma em cima de quem não sabe ler". É realmente uma das frases mais fantásticas que já vi. Contudo, resolvi fazer uma pesquisa sobre cultura inútil. Encontrei cada coisa! Não dá pra publicar tudo, o mundo tem cultura inútil demais, e a internet, ajudou bastante a ploriferar esse rico conteúdo. Abaixo, selecionei algumas. Não vou dizer que são as melhores, mas são bem interessantes.

:: Se você gritar durante 8 anos, 7 meses e seis dias, produzirá energia sonora suficiente para esquentar uma xícara de café.
(Acho que não vale a pena!)

:: Se você soltar pum direto durante 6 anos e 9 meses, produzirá gás suficiente para criar a energia de uma bomba atômica.
(Agora sim!)

:: A pressão produzida pelo coração humano ao bater é suficiente para espirrar sangue a uma distância de 9 metros.

:: O orgasmo de um porco dura 30 minutos.
(Na próxima encarnação, quero ser um porco!)

:: Bater com a cabeça contra a parede consome 150 calorias por hora.
(Ainda não consegui esquecer aquele lance do porco!)

:: Os humanos e os golfinhos são as únicas espécies que copulam por prazer.
(É por isso que o Flipper está sempre sorrindo? E porque o porco não está incluído nessa lista???)

:: De um modo geral, as pessoas têm mais medo de aranhas do que da morte.

:: O músculo mais forte do corpo é a língua.

:: O crocodilo não consegue mostrar a língua.

:: A formiga consegue levantar 50 vezes o seu peso,puxar 30 vezes o seu peso e sempre cai para o lado direito quando intoxicada.
(Por beber o quê??? O governo pagou por essa pesquisa???)

:: Os ursos polares são canhotos.
(Quem descobriu isso? Quem liga?!)

:: A pulga consegue pular a uma distância correspondente a 350 vezes o comprimento do seu corpo. É como se um ser humano pulasse a distância de um campo de futebol.

:: A barata consegue sobreviver por nove dias sem a cabeça antes de morrer de fome.
(Arghhh!!!)

:: O louva-a-deus macho não consegue copular com a cabeça presa ao corpo. A fêmea inicia o ritual de acasalamento arrancando fora a cabeça do macho.
("Querida, cheguei! Ei, mas o quê...")

:: Alguns leões copulam mais de 50 vezes por dia.
(Na próxima encarnação, eu continuo querendo ser um porco... Prefiro qualidade a quantidade!!! Mas, se não puder ser um porco, quero ser um leão.)

:: O paladar das borboletas está nos pés.
(Eu, hein? Imagina quando ela pisa em uma merda de cachorro)

:: Os elefantes são os únicos animais que não conseguem pular.

:: O olho de uma avestruz é maior do que o seu cérebro.
(Conheço algumas pessoas assim...)

:: Estrelas do mar não têm cérebro.
(Conheço algumas pessoas assim também!)

:: E não se esqueça: se alguém encher o teu saco, você precisa usar 42 músculos da face para franzir a testa. MAS, só precisa de 4 músculos para esticar o braço e dar um soco na cabeça desse pentelho!

Vai dizer que a partir de agora você não é outra pessoa? Pelo menos nunca mais vai pensar assim: " - Que vidinha de porco essa que eu to levando!"

Dormindo com o Inimigo

Terça-feira. Futebol. Sagrado. Nunca tentem falar comigo nesse dia entre as 19h30 até as 22h30, pelo menos. Depois disso, talvez, com muita sorte alguém consiga, mas é melhor tentar na quarta. Por quê?

Então, da mesma forma que o futebol é sagrado, a cervejinha depois do jogo, também é. Ficamos ali mesmo no ginásio, jogando conversa fora e tomando umas. Num certo dia, eu e o Marcelo acho que passamos um pouquinho da cota e começamos a discutir. Discussão besta, sabíamos que não iria dar em nada, mas um tava querendo pentelhar o outro mesmo.

Discutimos no ginásio, discutimos no carro vindo embora, e continuamos discutindo em casa. Mas como brigar realmente não é minha praia, me enchi de retrucar, então, assim que entramos em casa eu fui direto pro computador e não dei mais trela pro Marcelo. Ele chegou a ficar em pé, na porta, argumentando alguma coisa ainda mas eu nem thum. Até que ele cansou e for dormir.

Confesso que fiquei com um pouco de medo, ele se empolgou muito em brigar comigo. Estava claramente alterado, olhos saltados, bufando igual búfalo com cirrose (não me pergunte como é isso).

Quando o silêncio pairou na casa, decidi que já dava pra eu ir dormir. Tava realmente muito cansado. Tomei um banho e fui deitar. Como eu sabia que o Marcelo ia acordar cedo e certamente ia me encher o saco porque eu não quis continuar brigando, mais que depressa, tranquei a porta do meu quarto por dentro, olhei pra cama e capotei.

Lá pelas seis da manhã eu acordei assustado, com alguém tentando abrir a porta do quarto. Esse alguém era sim o Marcelo. Só que o mais interessante ¿ ele estava do lado de dentro do quarto, e abrindo pra sair! Fiquei pasmo! Como ele conseguiu entrar? Como? Na hora não dei bola e voltei a dormir.

Levantei umas 10 horas da manhã. No meu quarto, tem uma pilha de colchão de casal onde eu durmo, e tem também uma cama de solteiro que eu faço de guarda-roupa. Fui pegar uma bermuda e vi que minhas roupas estavam amassadas, como se alguém tivesse dormido em cima. Foi quando pensei: - Meu Deus, o Marcelo errou de quarto!

Não tive dúvidas, corri pra ir falar com ele. Ele não conseguiu me responder. Disse que abriu os olhos as 6 da manhã e não sabia onde tava. Ele pensou em me perguntar umas duas vezes o que ele ta fazendo dormindo no meu quarto, mas tava com tanta vergonha que faltou-lhe coragem.

Depois começou a inventar umas desculpas muito das esfarrapadas, dizendo que tinha entrado pra me esperar pra continuar a discussão e apagou, mas fala sério, eu não acredito! Ele errou foi de quarto! Ta achando que cachaça é água!

Agora, que eu to falando também, né? Passei a chave na porta pro meu atual ¿inimigo¿ não me incomodar, mas não me toquei que este, estava dentro do quarto. Simplesmente fechei e dormi.

Eu não sei quem tava pior. Se foi o Marcelo por ter errado de quarto, ou eu, por ter me trancado junto com ele, achando que estaria seguro!

Fala sério. De hoje pra trás eu não bebo mais. (Olha! Rimou!)

Alô, telefonista!

Quem nunca quis se passar por outra pessoa no telefone? Eu sempre tive essa vontade, mas sou obrigado a admitir que minha primeira - e última - experiência, não foi lá muito interessante. A história foi a seguinte.

Há algumas semanas atrás, eu e o Marcelo fomos até São Paulo, para participar da FISPAL, que é uma feira tradicional de tecnologia industrial que acontece anualmente no Anhembi. Assim que chegamos na maior metrópole brasileira, paramos num posto de gasolina para abastecer. Nesse posto, eu preenchi, no nome do Marcelo, um cupom que concorria a um final de semana em um hotel fazenda e um terreno lá mesmo na terra da garoa.

Bem, dias depois, já estávamos de volta a Santa Catarina e adivinhem? Sim, quem pensou na possibilidade do Marcelo ter sido vencedor de tal concurso, acertou! Ele não acreditou muito quando recebeu a ligação, e como ele estava de saída e eu tinha preenchido todo o cupom, respondido as perguntas, etc, pediu que eu atendesse a ligação e visse tudo direitinho. Até aí, tudo normal. Minha conversa com a mulher do telefonema foi mais ou menos assim:

Eu: - Alô.
Ela: - Senhor Marcelo?
Eu: - Sim. (Tava realizando um sonho antigo de me passar por outra pessoa no telefone)
Ela: - O senhor foi o vencedor do nosso concurso, acabou de ganhar um lote totalmente quitado aqui em São Paulo. Gostaria de confirmar alguns dados, para que pudéssemos enviar ao senhor, um dvd com a apresentação e uma cópia do contrato para os procedimentos que o senhor deve tomar para a efetiva aquisição do imóvel.
Eu: - Ah, legal. Pois não, o que a senhora precisa?
Ela: - Nome completo, por favor.
Eu: - Marcelo Luiz Machado Val
Ela: - O senhor é casado Sr. Marcelo?
Eu: - Sim, sou casado.
Ela: - A rua e o bairro bateram com o cep, só confirma pra mim a cidade e estado, Luis Alves, Santa Catarina, procede?
Eu: - Sim, está correto.
Ela: - O senhor poderia me dizer a data de seu nascimento?
Eu: - Xi, lascou!
Ela: - Como?
Eu: - Só um minutinho minha filha.

Nessa hora bateu o desespero! E eu lá sabia a data de nascimento do Marcelo! Com a mulher ainda na linha perguntei em voz alta para a Julia, que é secretária do Má, de forma que certamente a moça do telefone ouviria.

- Julia, qual é mesmo a data do meu aniversário?

A Julia não conseguia responder, ria que se pipocava e a moça do outro lado da linha não entendia nada (ou pelo menos fingia não entender). No meio daquelas risadas e nervosismo fizemos umas continhas e chutamos uma data lá. Eu confesso que perdi o rebolado, não queria continuar a conversar, mas não achava uma saída! Continuei.

Eu: - Mais alguma coisa?
Ela: - Sim, poderia me dizer seu RG?
Eu: - RG?
Ela: - Sim, o RG.

Enquanto isso eu olhava com desespero pra Julia.

Eu: - A senhora quer meu RG então.
Ela: - Sim, preciso pra completar seus dados.
Eu: - O RG?
Ela: - Sim, Registro Geral.
Eu: - Ahhh, a senhora quer meu registro geral.
Ela: - Foi o que eu disse.
Eu: - Só um momento.

Abafei o telefone e pensei. Agora fudeu! Respirei fundo, contei até dez e disse:

Eu: - Moça, seguinte, to saindo pra uma reunião agora então vou passar o telefone pra minha secretária e ela te passa essas últimas informações tá?

A Julia, que é filha de japonês, arregalou os olhos e fez aquela cara de "Eu te mato" pra mim!

Pegou o telefone. Começou a falar com a atendente. Era eu quem ria de me acabar agora. Mas a Julia não deixou barato não. Depois de te-la enrolado um pouco, eu só a ouvi dizendo algo do tipo:

- Mocinha, faz o seguinte. Liga daqui uma meia hora que o Sr. Marcelo já estará tranquilo, pois acredito que a reunião esteja terminando, já que acabei de ouvir o barulho da descarga.

E desligou o telefone. Eu fiquei pasmo! Olhei pra Julia e disse.

- Como você fala uma coisa dessas? Não tem ninguém no banheiro!

E ela, sabiamente, respondeu:

- Eu sei. Mas já que foi você que fez a merda, agora se vira!

Fiquei, quase que literalmente, com cara de bunda!

Fofinho porra nenhuma

Meados do ano de 1998. Eu participava de um grupo jovem chamado GAMA - Grupo de Apoio ao Meio Ambiente. Era um grupo de jovens idealistas que clamavam por um mundo melhor, lutando a favor da preservação da natureza, ecologia humana, etc e tal. Éramos praticamente o Greenpeace goiano.

Uma de nossas atividades, era dar alguns cursos sobre reciclagem de lixo e educação ambiental, nas cidades do entorno do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Bem, em uma determinada ocasião, eu e a Tathy tínhamos que preparar umas aulas para que pudéssemos ministrar esses cursos na cidade de Colinas do Sul, em Goiás, contudo, o corre-corre que o próprio grupo nos proporcionava não nos dava tempo para tal.

Decidimos então fugir, escondido de tudo e de todos, para a casa da Diretora do IBAMA, que gentilmente nos cedeu o abrigo para que pudéssemos preparar as aulas. A casa dela ficava dentro do Parque Nacional.

Já era noite. Sentamos na varanda. O céu estava totalmente aberto, estrelado. Uma noite perfeita. Muito, mas muito frio. Roubamos algumas doses de bebidas quentes do barzinho da diretora pra podermos nos aquecer.

Foi quando tudo aconteceu.

No meio do papo de lixo orgânico pra lá, inorgânico pra cá, a Tathy começou a fazer ruídos estranhos com a boca.

Tathy: - Aqxi krru ca xi ta la có

Eu olhei pra ela sem entender nada. Perguntei:

- Tathy, você tá legal?

Mas ela parecia não me ouvir. Seus olhos arregalados, fixos em algum lugar, parecia coisa do além. E novamente, ruídos estranhos...

Tathy: - Xi cra luft pac tum ba tem

Foi quando eu decidi olhar para onde seus olhos se fixavam. Era horrível. Um animal medonho. Estava a uma distância menor que três metros da gente. Maior que um pastor alemão, mas muito, muito magro. Pernas cumpridas e finas, corpo coberto por um pêlo preto, mas com a cara bem vermelha e orelhas muito compridas também. Entrei em pânico! Entendi perfeitamente o porquê daqueles ruídos estranhos que a Tathy tava fazendo, pois comecei a soltar alguns idênticos!

Entre um "Aqxi krru ca xi ta la có" pra cá e um "Xi cra luft pac tum ba tem" pra lá eu consegui formar uma frase!

Eu: - Qui qui qui qui qui qui qui qui qui qui qui qui é aquilo???
Tathy: - Um lo lo lo lo lo lo lo lo lo lo lo lobo guará!!!
Eu: - Bo bo bo bo bo bo bo bo bo bo bo bo bo bo bora correr???
Tathy: - Me me me me me me me me me me me me me melhor não!

Ficamos quietos, sem se mexer, em pânico. O único som que ouvíamos agora eram os passos daquele bicho horrendo e o da minha caneta batendo na cadeira, de tanto que eu tremia! Alguns minutinhos nesse tec tec tec tec da caneta e o bicho foi embora, para no nosso alívio. Corremos pra dentro de casa antes que aquele monstro voltasse.

No dia seguinte, contamos pra diretora do parque o que havia acontecido. A sacana virou e disse:

- Vocês viram o lobo guará??? Que fofinho!!!

Fiquei puto. Fofinho porra nenhuma, nunca passei tanto medo! Aliás, passei sim, mas isso é uma outra história...

Menos, Xandy, menos.

Meu irmão é uma figura! Ele tem mania, de as vezes, numa conversa extremamente informal, soltar algumas pérolas que ninguém merece! Sabe aquela coisa de você estar batendo um papo descontraído, sem se preocupar até mesmo com suas conjugações verbais e alguém dar um palpite ou contar um caso utilizando uma linguagem mais do que rebuscada? Pois é, esse é o Xandy. Vou contar alguns exemplos desse tipo de situação.



Uma vez, eu estava no meu apartamento em Brasília, numa sexta-feira, tocando um violãozinho, tranquilo, quando toca o telefone. Atendi. O Xandy, numa voz desesperada, chorando, me disse:

- Bruno, me ajuda!!!
- Que aconteceu Xandy???
- Fui assaltado!!!
- Meu Deus, como foi ? Me conta com calma!

Foi quando ele soltou a pérola...
- O assaltante colocou o instrumento letal na altura do meu abdômen!

Confesso que fiquei pasmo na hora...
- Como é que é Xandy???

Ele confirmou...
- O assaltante colocou o instrumento letal na altura do meu abdômen!

Não aguentei...
- Xandy, você ta querendo me dizer que o bandido colocou o três oitão na sua barriga???

- Isso, foi o que eu disse, não foi???

Ninguém merece!!!



Uma outra também, foi numa barraquinha de cachorro-quente. Eu juro que não consegui acreditar na cena que eu vi. Final de balada, aquela coisa, fomos até uma dequelas barraquinhas de cachorros-quentes pra comer antes de ir pra casa. O camarada trouxe os sanduíches. Quando o Xandy percebeu que ele não havia trazido mostarda e catchup, não perdeu tempo:

- Senhor, por obséquio. Seria possível que o senhor nos trouxesse os condimentos?

O camarada ficou com aquele sorrisinho na cara típico de quem não sabe se o cliente ta falando sério ou brincando com ele! Mas ele até que se saiu bem da situação, respondeu o seguinte:

- Acabou chefe, acabei de pedir pro rapazinho que trabalha comigo buscar mais, mas tem mostarda e catchup, pode ser?

Bela resposta!



A última dele foi há algumas semanas atrás. Volta e meia eu ligo pra ele pra saber como andam as coisas, se ele está bem, se não está, se ta precisando de algo, essas coisas de família.

Outro dia, liguei e perguntei.

- Oi Xandy, tudo beleza? Como você está? Como vão as coisas?

Ele me veio com essa:

- Veja bem, você deve estar acompanhando que de uma maneira global o mercado anda desaquecido, o que influencia na queda da bolsa, que por sua vez, mexe com a inflação, aumentando impostos, juros correspondentes e taxa selic.

Respondi...

- Ahh... mas você ta legal? E a Eloísa? Falou com a mamãe nessa semana?

Tolerância Zero!

Quem nunca ficou puto da vida com uma pergunta imbecil? Por que será que volta e meia o ser humano insiste em perguntar o óbvio? Falta de atenção? Será que isso já virou uma questão cultural? Agora, por que não dizer também: Quem nunca fez uma pergunta imbecil?

São nas situações mais simples e óbvias, onde temos apenas uma única opção de resposta, que cometemos estes, drásticos para alguns, imperceptíveis para outros, erros.

Algumas são mais simples e corriqueiras, como a de você estar em um açougue, por exemplo, o celular tocar, você atender, a pessoa perguntar onde você está, você dizer que está lá e o cretino perguntar: - Fazendo o que???

Responder que está comprando um tênis novo pra jogar futebol de salão as vezes ajuda a pessoa se tocar que falou besteira.

Contudo, determinadas ocasiões, que ocorrem até mesmo com uma certa freqüência, possuem uma peculiaridade especial. Vou compartilhar com vocês alguns exemplos.



Vejamos:


A cena
O camarada chega na boca do caixa com o intuito de sacar um cheque.

A pergunta
Vai levar em dinheiro?

A possível resposta
- Não, não! A senhora pode me dar o valor em clips, borrachinhas e se possível, tampinhas de caneta bic azul também. Ah! Mas não serve se tiverem mordidas viu?



A cena
Sujeito chega na loja e pergunta para a atendente se tem veneno para rato. Ela diz que sim, ele pede uma caixa. Ela traz a caixa na mão.

A pergunta
- Vai levar?

A possível resposta
- Não senhora. Eu vou trazer os bichinhos pra comerem aqui!



A cena
Sujeito no caixa do cinema.

A pergunta
- Quer uma entrada?

As possíveis respostas
- Não, quero uma saída, por favor.
- Não, não. Queria só bater um papo com você. Como vai? Tudo bem?
- Não obrigado. É que eu vi essa fila imensa, e gostaria de ver aonde ela chegava.



A cena
O sujeito apanhando o talão de cheques e uma caneta.

A pergunta
- Vai pagar com cheque?

As possíveis respostas
- Não, vou fazer um poema nesta folhinha.
- Não, vou pagar com dinheiro, é que anoto aqui os meus gastos.
- Não, vou pagar com títulos da dívida agrária.



A cena
Casal abraçadinho, entrando num barzinho romântico.

A pergunta
- Mesa para dois?

As possíveis respostas
- Não, para três! Não quer vir conosco?
- Não, vamos ficar de pé.



A cena
Cidadão levando cinco pacotes de batata palha de um supermercado.

A pergunta
- Você gosta de batata palha?

As possíveis respostas
- Batata palha? Puxa! E eu achando que fosse mortadela!
- Não, eu me odeio e gosto de me contrariar.
- Não, eu faço isso para dar uma força para o supermercado.


É galera, respostas idiotas para perguntas imbecis.

Um ronco amigo

Vinte e nove de dezembro 2002. Eu, Alexandre, Natália e Lorena partimos de Brasília com destino a cidade de Florianópolis, para passarmos o reveillon na casa do irmão do Alexandre, o Sidney. Na viagem, passamos por Atibaia - SP, para pegarmos meu irmão Alexandre (Xandy), que estava a passeio, já ele morava em Luis Alves - SC, uma pequenina cidade famosa por ser a Terra da Cachaça e belíssimas mulheres. Encontramos o Xandy deitado, tomando um solzinho na piscina, pra chegar "morenão" em floripa e dar altas encaradas. No dia seguinte, o Xandy veio me pedir para levá-lo a sua cidade - Luiz Alves - me explicando que naquela tentativa de chegar "morenão" em floripa, acabou dormindo ao sol sem protetor e pegou uma bela de uma insolação. Bicho burro!

Bem, como tive que levar meu irmão para Luiz Alves, me perguntei: - Por que ir até a terra da cachaça e não levar uma pequena amostra grátis pra galera, não é mesmo? Comprei 20 litros!

Estávamos numa galera grande, umas 15 pessoas. Nossa intenção era passar a virada do ano na Praia do Rosa, em Garopaba. Chegamos meio tarde, portanto não conseguimos lugar pra ficarmos hospedados, apenas a Nádia e as irmãs tinham conseguido um chalezinho. Pedimos pro dono da pousada deixar que guardássemos os carros no estacionamento. Antes de irmos pra praia, tomamos 1 litro de whisky e mais 10 litros de cachaça virando a dose (todos, sem exceção) e fomos pra lá...

Meia noite, fogos de artifício, todos se abraçando, feliz ano novo pra cá, feliz ano novo pra lá. Encuquei que tinha que pular as sete ondas pra dar sorte no ano que entrava. Um desastre! As cachaças de Luiz Alves deveriam ter algo no rótulo dessa forma: "Ao ingerir, não tente pular as sete ondas!" Sério, uma vergonha. A primeira eu consegui pular. A segunda eu perdi minha havaiana direita, na quarta, a esquerda. Na sexta, tomei o primeiro tombo. Me lembro que lá pela décima oitava eu ainda gritava por socorro! Minha sorte foi que eu olhei pro lado e vi uma pessoa em pé, com a água pelo joelho e, por um lapso de lucidez, percebi que onde eu estava, não corria nenhum risco de me afogar. Recompus-me psicologicamente e voltei a areia pra ver a galera, encharcado.

Quem foi que disse que eu consegui encontrar alguém? Pois é, estava eu, bêbado, encharcado e agora perdido no meio de algumas dezenas de milhares de pessoas. Resolvi tentar voltar pra pousada, ou melhor, pro estacionamento da pousada. Tentei um caminho, nada, dava no mato. Voltei, tentei outro, nada. Eu realmente não me lembrava onde tava a ruazinha por onde cheguei. Vi um pessoal seguindo uma trilha e fui atrás. Andei uns 500 metros e me deparei com uma cerca de arame farpado. Tentei voltar por onde eu vim, mas tinham mais cercas que para mim não existiam antes. Me senti como um boi, num pasto, cercado de arame farpado por todos os lados. Nessa altura do campeonato eu já não agüentava mais nem andar. Estava cansado, bêbado, molhado, perdido, sozinho (pois até aquela galera que eu segui tinha desaparecido) e no escuro! Decidi deitar no mato mesmo e descansar um pouco.

Depois de um certo tempo (não sei quanto, para mim foram horas), escutei um barulho. Vi um pessoal perdido também, mas que conseguiu achar um lugar pra sair. Não tive dúvidas, corri atrás, mas como eu ainda não estava são, errei o lugar e me cortei inteiro, mas tudo bem, dessa vez, pelo menos eu tinha parado numa estradinha. Pedi informação e meu anjo da guarda (que acredito piamente que foi enviado por São Onofre - padroeiro e protetor dos bêbados e das prostitutas.) me ajudou a chegar na pousada, digo, no estaciomento.

Quando eu coloquei a mão no bolso procurando a chave do carro, adivinhem: -cadê chave? Fiquei rezando pra que a porta estivesse aberta. Para o meu alívio estava. Deixei a porta aberta pra poder respirar, já que eu tava sem a chave e não podia abrir a janela. Adormeci como um anjinho...

Lá pelas tantas, escuto... ROOOOOOONC... ROOOOOOONC... acordei assustado! Olho para o lado e um maluco, q eu nunca tinha visto na minha vida, tava deitado no banco do lado do meu carro puxando o maior ronco. Olhei bem para a cara dele, nunca vi mais gordo! O que nos separávamos era uma baita de uma prancha de surf que eu também não tinha e menor idéia de quem podia ser. Por um momento achei que eu tava no carro errado, mas reparei em tudo, saí do carro, olhei a placa e não, não estava enganado, o carro era meu mesmo. Pensei em fazer alguma coisa, mas eu tava ruim ainda. Escutei mais um ROOOOOOONC e pensei... dorme filho... você também está precisando!

Acordei algumas horas depois e descobri que ele era amigo da galera, que também não tinha conseguido nenhum lugar pra se hospedar... que susto!

Ah propósito, a prancha não era dele, era do Felipera, tinha vindo no outro carro.

Pôr-do-sol, pipoca e música ao vivo

Três de Janeiro de 2002, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Um dia marcante na minha vida. Nesse dia pude perceber o quanto que pequenas atitudes podem mudar todo o contexto de uma situação, história, etc.

Eu e um amigo meu de Brasília, o Igor, estávamos tomando uma gelada em um dos quiosques do Posto 3 ali da Barra. Conversa vai, conversa vem, passou por nós um vendedor de rede. Nessa hora, virei para o Igor e disse: - Esses vendedores de redes são os mais malas da praia, eles acham que todos que estão aqui são turistas e ainda estúpidos. Ele me perguntou o por quê do meu comentário e eu apenas respondi: -Olha só.

Eu: - Amigão, quanto custa a rede?
Vendedor: - 130 real!

Eu: - Pago 30.
Vendedor: - Qualé doutor, assim o senhor me quebra. Leva por 100.

Eu: - Pago 30.
Vendedor: - Olha o material doutor! É importado. Coisa fina. Vale pelo menos 80!

Eu: - Pago 30.
Vendedor: - O senhor é duro na queda mesmo heim doutor. Mas tudo bem, faço por 60 pra virar cliente.

Eu: - Não quero mais.
Vendedor: - Ô doutor, não precisa apelar, vou fazer por 50 pro senhor!

Eu: - Não quero mais.
Vendedor: - O senhor é turco? Murrinha heim! Tá bom, leva pelos 30.

Eu: - Já disse que não quero mais.
Vendedor: - Mas o senhor não disse que pagava 30?

Eu: - Disse. Pagava, não pago mais.

E insisti nessa resposta... até que...

Vendedor: - Poxa doutor, já são 5 horas da tarde e eu ainda não vendi nada, leva a rede por 15 reais, por favor!

Comprei a rede. O Igor não acreditava. Tomamos mais algumas e resolvemos dar um rolê. O Igor ainda estava encucado com o lance do vendedor de rede e resolveu tirar a prova por ele mesmo. Dito e feito. O primeiro vendedor que passou por nós no calçadão ele começou a negociar. Dos 130 inicias (parece que o preço inicial é tabelado), chegamos novamente aos 20, mas dessa vez não levamos a rede.

Nisso, um pipoqueiro, que estava perto da gente e prestando atenção naquela cena, comentou: - Se as pessoas fossem mais honestas, não quisessem enganar os outros dessa forma, se dariam melhor. Tenho certeza que se ele tivesse oferecido inicialmente a rede por 20 reais, vocês teriam comprado.

Concordamos com ele. Ficamos nós três discutindo os absurdos que aconteciam nesse mundo capitalista globalizado que vivemos. Lá pelas tantas, um carinha com um violão a tira-colo (que há algum tempo atrás vimos fazendo serenatas pra galera nos barzinhos, tentando descolar uns trocados), se aproximou da gente e pediu pro pipoqueiro um pouco da pipoca. Como o papo já estava em ¿como as pequenas atitudes são importantes¿, o pipoqueiro não pensou duas vezes e deu um pouco ao violonista.

Olhei para o violão e pensei: - Por quê não cantar? Pedi o violão emprestado e ao pôr-do-sol comecei a tocar legião urbana. O Igor gritava: Pipoca com música ao vivo! E gente chegando, e o pipoqueiro abrindo o sorriso. A cada três pipocas que ele vendia, dava mais ao dono do violão e outra ao Igor. Em questão de meia hora, o pipoqueiro tinha vendido o seu estoque inteiro de pipoca, tava feliz que só vendo.

Confesso que essa situação foi atípica na minha vida, assim como essa história fugiu bastante das que costumo escrever, mas fiz questão de colocá-la no blog, com o intuito de lembrarmos que são as pequenas e simples atitudes, que são capazes de nos fazer ver um belo pôr-do-sol, comendo pipoca e ouvindo música ao vivo.

Foi a porra da coca-cola!

Vou narrar aqui a minha primeira viagem de avião. Uma experiência realmente inesquecível. Eu dividia apartamento com o Eduardo, um grande amigo, e ganhamos duas passagens aéreas pra qualquer lugar do Brasil. Depois de avaliarmos várias hipóteses e destinos diferentes, decidimos então ir para Aracajú, já que a Carol (hoje esposa do Du, na época, namorada) morava lá com mais quatro amigas! Achei fantástica a idéia.

Coloquei meu melhor terno pra ir pra lá e impressionar as gurias (olha que idéia de girico, nordeste faz um calor da porra e eu sofrendo no terno só pra causar uma boa impressão). No aeroporto de Brasília, tomei uma coca-cola pra acalmar. Entrei no avião, confesso que eu fiquei meio decepcionado, porque aquilo parecia com um "busão", só que era ainda mais barulhento, e eu imaginava aquela coisa clean... bancos brancos... lap top na frente... champanhe... etc, mas tudo bem, sentei na janela pra ver se pelo menos dava pra ver algo de interessante naquilo. Tudo pronto pra decolagem, o Eduardo diz que ficou olhando pra mim quando o avião levantou vôo e eu estava com uma cara de horror, acho que é mentira dele.

Uns 20 minutos de vôo, eu tenso, fingindo agir tranqüilamente, até que a aeromoça pergunta: "-Carne ou frango senhor?" Eu respondi: "-Whisky pelo amor de Deus!" Ela riu e trouxe uma senhora dose pra eu beber. Mais uma. Outra por favor. Três doses. O desgramado do Eduardo ficava rindo e só depois veio me dizer, que por causa da pressão, uma dose valia por duas! Me lasquei, seis doses até chegar em Salvador. Cheguei legal, tranqüilo. Paguei só um miquinho básico quando eu diagnostiquei o sistema de freios do avião e comecei a gritar apontando pra fora: "-Olha Eduardo, que shooooooowwww... olha, olha, olha, freia mesmo!" Todos olharam pra mim, menos o Eduardo, que não sei porque, estava agachado, talvez procurando alguma coisa, não sei. Um avião que vinha de São Paulo faria conexão com o nosso, mas estava atrasado. Isso era por volta das 19 horas. Até que veio a notícia: Devido a falha na outra aeronave, a Saída de Salvador está prevista para as 23 h!

Bem, pensamos... vamos tomar uma aqui no aeroporto mesmo! O Chopp era um real! A VASP deu R$ 11,40 centavos para jantarmos (eu não entendi o porquê desses 40 centavos até hoje, mas tudo bem). Bem, só ali davam 11 chopps... a conta deu R$ 48 reais, imaginem! Nessa altura, o cara que veio do nosso lado no avião, já tinha entrado na cerveja também e estávamos os três bêbados! O coitado era casado e não podia chegar em casa com bafo de cachaça, ele comprou uns 20 chicletes e colocou pelo menos metade na boca. Fomos pro avião, nosso destino era Aracajú.

A maior zona por causa do atraso, gente brigando, e nós três bêbados dentro do avião tocando o terror: a gente gritava igual camelô... 8 pilhas um real, cigarro, sorvete de flocos, despertador, capinhas pra celular... e assim foi até que os comissários de bordo, que já estavam putos conosco, com o intuito de calar nossa boca, vieram perguntar: "-Vocês aceitam mais um whisky?" Agora lascou!

Todo mundo sentou, menos um passageiro. Isso mesmo, venderam passagens a mais e um maluco não tinha lugar pra sentar. O piloto veio falar que ele iria na cabine, essas coisas... e nós três, bêbados, crentes que estávamos falando baixinho, (mas sabe como bêbado é), começamos a gritar: "- Eita porra, olha lá, (irc) promoção da VASP, (irc) piloto por um dia!"... e o outro já emendava: "-Vai passar a marcha pro piloto néééééé". Cena patética, nessa altura, a galera que estava na frente do avião, já ficava debruçada olhando pra gente lá traz, esperando a próxima merda. Na mesma onda de falarmos "baixinho", combinamos entres nós três, e "apenas" entre nós três, que quando o avião levantasse vôo novamente, iríamos bater palmas e gritar "êêêêê". Eu não sei não, mas acho que algum garotinho sem graça e fofoqueiro ouviu o nosso plano e, sem que percebêssemos, contou pra todos os passageiros, pois na hora de decolar, aquelas cento e tantas pessoas, começaram a bater palma e a gritar: "êêêêêêêêêêêêêêê".

Mais duas doses até Sergipe. Comecei a soluçar sem parar, todos riam da minha cara, mas eu não podia fazer nada, era mais forte que eu. Pousamos em Aracajú, eu estava apenas com a bagagem de mão, bêbado e soluçando compulsivamente na fila a espera do desembarque. Eu mirava (ou tentava mirar) meus ombros nas poltronas, pois dessa forma, mesmo que o avião começasse a dar cavalos-de-pau (sensação típica no estado de embriagues), eu conseguiria me equilibrar e não cair em cima de ninguém, mas confesso que não adiantou, saí tropeçando e dando porrada com minha mala em uma galera... eu só escutava assim: "aiii... paraaaa... ooowww... uuuiiii"...

Por causa do atraso, eles avisaram que iriam desligar apenas uma turbina do avião pra poderem sair mais rápido. Eu desci, e vi todos colocando suas malas no ouvido, correndo. Fiquei sem entender o porquê daquilo, e para não continuar sem saber de nada, resolvi parar pra perguntar. Parei. Mas bêbado o suficiente pra não perceber que eu estava em frente a turbina ligada. Comecei a gritar:

"- Eduardooooo, (irc) ow Eduardoooooooooooo!" Ele já estava bem adiante, olhou pra traz com aquela mala no ouvido e disse: "-O que foi agora porra?" Perguntei: "- Por que tá todo mundo (irc) com a mala no ouvido?" Ele respondeu com um certo desespero e falta de paciência ao mesmo tempo: "- Olha a turbina seu maluco!!!" (aí q eu me dei conta e saí correndo). Com o susto da turbina, ao invés do soluço parar, fez foi aumentar.

Não faço a menor idéia de como seja o aeroporto de Aracajú. Fui direto ao banheiro, passando mal, onde eu encontrei novamente o Eduardo. Ele ficou ainda mais puto quando viu que meu soluço tinha piorado e gritou comigo: - Puta que pariu, como foi que você conseguiu essa merda de soluço? Eu lembro apenas de responder: -Foi a porra da coca-cola!

Agora, sabe o que me deixou mais puto? Adiantou a bosta do terno e gravata?

Eu odeio muito tudo isso

Você já ouviu falar em Orkut? Bem, eu resumo, é a maior comunidade virtual, ou melhor, o maior conjunto de comunidades virtuais do mundo. São centenas de milhares de pessoas, do mundo inteiro, que utilizam esse site pra se conhecerem. Levando em consideração que 50% dos integrantes do orkut são brasileiros, achei que uma pesquisa baseada no site, me daria resultados fidedignos sobre nosso povo.

Minha curiosidade era: o que ou quem os brasileiros mais odeiam? Cheguei a conclusão de que o brasileiro é muito mal amado, porque odeia coisa demais. Seria impossível colocar todas as comunidades que eu encontrei aqui, estão separei as que possuem mais membros e algumas que achei interessante, dignas de comentários. Vamos lá:


As mais votadas

Eu odeio acordar cedo - 35.973 membros (a campeã)
Eu odeio segunda-feira - 14.206 membros
Eu odeio o Galvão Bueno - 5.819 membros
Eu odeio o João Kleber - 4.980 membros
Eu odeio o Bush - 4.274 membros
Eu odeio Pagode - 3.493 membros
Eu odeio Palhaços - 3.493 membros
Eu odeio o Flamengo - 3.302 membros
Eu odeio a Igreja Universal - 3.168 membros
Eu odeio o Charlie Brown Jr. - 3.165 membros
Eu odeio o Felipe Dylon - 3.070 membros
Eu odeio a Rede Globo - 2.496 membros
Eu odeio Fofoca pela metade - 2.451 membros
Eu odeio lavar louça - 2.423 membros
Eu odeio a Xuxa - 2.418 membros
Eu odeio a Rosinha - 2.335 membros
Eu odeio a Uni (unicórnio da Caverna do Dragão) - 2.327 membros
Eu odeio o cara das Casas Bahia - 2.276 membros
Eu odeio o Faustão - 2.279 membros
Eu odeio gente burra - 2.041 membros
Eu odeio Sandy e Junior - 1.968 membros
Eu odeio o Vasco - 1.919 membros
Eu odeio fumantes - 1.857 membros
Eu odeio crianças prodígias - 1.851 membros
Eu odeio gente que se acha - 1.844 membros
Eu odeio a Wanessa Camargo - 1.805 membros
Eu odeio pobre - 1.753 membros
Eu odeio kEm IsKrEvE AçiM - 1.489 membros
Eu odeio a Legião Urbana - 1.459 membros
Eu odeio o Carnaval - 1.449 membros
Eu odeio Patricinhas - 1.401 membros
Eu odeio a Márcia - 1.390 membros
Eu odeio o Clips do Word - 1.374 membros
Eu odeio as regras da ABNT - 1.301 membros
Eu odeio a Sarah da MTV - 1.189 membros
Eu odeio o Gago da Schin - 1.158 membros
Eu odeio esperar - 1.147 membros
Eu odeio azeitona - 1.117 membros
Eu odeio Telemarketing - 1.056 membros

As interessantes

Eu odeio a menininha do 21 (655) - "Se você não suporta aquela retardadinha que fica dando uma de Ana Paula Arósio, e gostaria de dar 21 socos na cara dela, esta é sua comunidade, para desabafar a raiva que dá cada vez que essa jumentinha aparece na TV. PS: Se você acha ela "fofinha", ninguém aqui tá interessado em saber."

O tema em pauta dessa comunidade é: Vamos bolar 507 maneiras de mata-la. Fala sério, um bando de barbudos mal amados querendo matar uma menininha de 4 ou 5 anos! Essa galera precisa mais de terapia do que eu!

Eu odeio gelatina com casca (597) - "Se você treme quando mastiga aquela gelatina mal feita com casca em baixo. Fica com ânsia de vomito só de pensar. Participe!"

Gastar seu tempo pra comentar sobre a casca da gelatina, das duas uma: ou esses seres são muito ricos, ou muito pobres, mas definitivamente não têm nada pra fazer!

Eu odeio cofrinho (250) - "Se você tem vontade de vomitar quando olha para um cofrinho aparecendo, esse é o seu lugar. Levanta a calça, gente!"

Essa é interessante, as pessoas ficam contanto histórias de quando viram o cofrinho dos outros. Uns colocam moedas, outros perguntam para o dono do cofrinho se estão juntando dinheiro, já outros contam o quão esquisitos eles são (cheios de cabelos e espinhas). São discussões realmente construtivas e de um nível cultural elevadíssimo.

Bem, vou terminando por aqui concordando com a comunidade campeã, pois eu também odeio acordar cedo, mas deixando um recadinho pra essas pessoas que odeiam tanto as coisas sem necessidade. Façam sexo grupal, relaxem. "Woooosaaaaaa"

A verdadeira música popular brasileira

Quem nunca errou que cante a primeira vez. Não vou abordar aqui aquelas situações onde realmente não sabemos a letra de uma canção, mas na empolgação de uma festa, show ou até mesmo um simples estado de espírito, cantamos o chamado "embromeichion", tipo "wap top tumb end wap bam bam, tutti fruti, on lui, tuti fruti, on lui". Agora, dessas situações a gente escuta cada uma! Com as letras em inglês isso acontece freqüentemente, mas legal mesmo, é ver as pérolas da música brasileira.

Vejamos...

Legião Urbana - Pais e filhos
Correto: "Meu filho vai ter, nome de santo, quero o nome mais bonito..."
Pérola: "Meu filho Valter, nome de santo, é o nome mais bonito..."
Comentário: Na boa, alguém pode me dizer qual é a religião que tem um santo chamado Valter??? Qual teria sido o "Milagre de Valter"? Ta aí... "Milagre de Valter"... dá nome de filme.

Legião Urbana - Há tempos
Correto: "Disseste que se tua voz..."
Pérola: "Disseste que situação..."
Comentário: É, a situação ta brava!

Zé Ramalho - Táxi Lunar
Correto: "Apenas apanhei, à beira-mar, um táxi pra estação lunar..."
Pérola: "Apenas apanhei na beira-mar, um padre está passando mal..."
Comentário: Pense num caboclo que sofreu! Além de ter tomado porrada na beira-mar, ainda teve que ajudar o coitadinho do padre que tava passando mal.

Ivan Lins - Depende de nós
Correto: "Depende de nós, quem já foi ou ainda é criança..."
Pérola: "Depende de nós, quem já foi uma linda criança..."
Comentário: Puro racismo! As crianças feias nunca têm oportunidades.

Claudio Zoli - Noite de Prazer
Correto: "Na madrugada vitrola rolando um blues, tocando B. B. King sem parar..."
Pérola: "Na madrugada vitrola rolando uma luz, trocando de biquíni sem parar..."
Comentário: Essa letra é passível a erro mesmo. Rolando uma luz, todo um clima, trocando de biquíni sem parar... humm

Capital Inicial - Música Urbana
Correto: "Contra a todos e contra ninguém, o vento quase sempre nunca tanto diz..."
Pérola: "Contra a todos e contra ninguém, entendo quase sempre o que o beltrano diz..."
Comentário: Fala sério, você sabia que o certo era aquilo???

Paralamas do Sucesso - Melo do Marinheiro
Correto: "Entrei de gaiato no navio,..."
Pérola: "Entrei de Caiaque no navio,..."
Comentário: Eu fico imaginando o navio. Sério, tentem visualizar uma entrada pelo casco do navio, onde aquele ser humano vem de caiaque, em alto mar, remando, remando, passa num compartimento até entrar totalmente no navio, onde há uma festança... rolando uma luz... trocando de biquíni sem parar... deixa a imaginação rolar...

Paralamas do Sucesso - Track-Track
Correto: "Dá-me tu amor, solo tu amor..."
Pérola: "Planeta azul, selvagem..."
Comentário: sem comentários.

Djavan - Oceano
Correto: "Amar é um deserto e seus tremores..."
Pérola: "Amarelo, deserto e seus tremores..."
Comentário: Essa é clássica.

Djavan - Se
Correto: "Mais fácil aprender japonês em braile..."
Pérola: "Mais fácil aprender japonês em árabe..."
Comentário: Essa até eu errava. Embora não concorde... japonês já é difícil, imagina em árabe!

Titãs - Homem Primata
Correto: "Homem primata, capitalismo selvagem, Ô-ô-ôôô..."
Pérola: "Homem que mata, capitalismo selvagem, Ô-ô-ôôô..."
Comentário: Eu já ouvi muuuuito isso... sem noção!

Blitz - A Dois Passos do Paraíso
Correto: "Estou a dois passos, do paraíso..."
Pérola: "Estou alô espaços, o paraíso..."
Comentário: Realiza comigo... nego doidão, fumou uma tora de maconha vencida... com aquele sorriso ridículo na cara, balançando os braços pra lá e pra cá, cantando... "estou alô espaços, o paraíso..."

Marina - Mesmo que seja eu
Correto: "Um homem pra chamar de seu, mesmo que esse homem seja eu..."
Pérola: "Um homem pra chamar Dirceu, mesmo que esse homem seja eu..."
Comentário: Que Lineu que nada, a pergunta certa é: -Quem matou Dirceu?

Roberto Carlos - Os Seus Botões
Correto: "Nos lençóis macios amantes se dão..."
Pérola: "Nos lençóis macios a mãe do Sidão..."
Comentário: Não sei nem quem é Sidão, quanto mais a mãe dele! Se bem que, parando pra pensar com calma, Sidão me parece o aumentativo de Sidney... será?